Cartão de Visita do Facebook

domingo, 13 de dezembro de 2009

mergulha no teu abismo

Mergulha no teu abismo
aguça o lado negro
e terás garantido
um passaporte para o sossego
Esquece as verdades que te disse
tudo é surreal, vago e omisso
e tudo se resume
a um bem essencial:
saber transformar em certo
aquilo que está mal
jogos
jogadas
cartas
segredos
uso
abuso
dos medos
cuida do aspecto
tira a carta da manga
importante é a aparência
mesmo que estejas de tanga
força os limites da decência
diz e desdiz
muda de partido
se não te achas servido
tira outra carta da manga
importante é a aparência
mesmo que estejas de tanga
e fica sempre bem
se quiseres tu consegues
afirmar alto e bom som
que os valores que persegues
afinal estão noutro tom
é uma questão de “coerência”
assumir com todo o rigor
que apesar de muita dor
impõe-to a consciência!
usa palavras da moda
esvazia-as de conteúdo
e acima de tudo,
sorri...para a câmara
mostra-te confiante
afinal pouco importa
se tropeças…mais adiante
depois logo se vê
mais uma carta da manga
um golpe de mestria
e despertas a simpatia
mesmo que estejas de tanga
manipula
usa e abusa
veste e
investe no jogo
da sedução
e assim com algum treino
e muita televisão
subirás e incharás
terás o mundo na mão
e facilmente, acredita,
passará a ser banal
dizer pedofilia
como quem diz
“que belo dia!”
dizer corrupção
como quem diz
“a moda p’ra este verão...”
por isso,
Mergulha no teu abismo
aguça o lado negro
e terás garantido
um passaporte para o sossego.
(T. C.)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

In Memoriam A.H.H.

(...)

L

Be near me when my light is low,
When the blood creeps, and the nerves prick
And tingle; and the heart is sick,
And all the wheels of Being slow.

Be near me when the sensuous frame
Is rack'd with pangs that conquer trust;
And Time, a maniac scattering dust,
And Life, a Fury slinging flame.

Be near me when my faith is dry,
And men the flies of latter spring,
That lay their eggs, and sting and sing
And weave their petty cells and die.

Be near me when I fade away,
To point the term of human strife,
And on the low dark verge of life
The twilight of eternal day.

Lord Alfred Tennyson

fonte:http://www.readprint.com/work-1405/In-Memoriam-A-H-H-Lord-Alfred-Tennyson

domingo, 11 de outubro de 2009

diz César Pires...



nota: onde se lê "primeiro livro", deverá ler-se "segundo livro"

fonte: Revista "Memória Alentejana"-CEDA (Centro de Estudos Documentais do Alentejo-Memória Colectiva e Cidadania);Outono/Inverno 2009;Nºs 25/26;Director: Eduardo M.Raposo;Director-Adjunto: César Pires; pág. 85,86;

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DIVULGAÇÃO-filo-café Silêncio ou Morte

Photobucket

DIVULGAÇÃO- SUZI SILVA


fonte: Revista "Memória Alentejana"-CEDA (Centro de Estudos Documentais do Alentejo-Memória Colectiva e Cidadania);Outono/Inverno 2009;Nºs 25/26;Director: Eduardo M.Raposo;Director-Adjunto: César Pires; pág. 64

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"Memória Alentejana"- entrevista ao músico João Cágado





fonte: Revista "Memória Alentejana"-CEDA (Centro de Estudos Documentais do Alentejo-Memória Colectiva e Cidadania);Outono/Inverno 2009;Nºs 25/26;Director: Eduardo M.Raposo;Director-Adjunto: César Pires

sábado, 4 de julho de 2009

Patch Adams

Momentos em que a televisão até presta um serviço útil...
(ah...mas é um canal brasileiro; em Portugal não há vagar para estas "futilidades", os heróis são outros...tipo cristianos ronaldos e tal...)




T.C.

domingo, 28 de junho de 2009

doces limões

doces
os limões que "nasceram" à minha porta;
anónimos, apareceram dentro de um saco
assim encostado à porta;
são doces sim
como doces são os vizinhos que os colheram e sem nada dizerem os colocaram lá, para as minhas limonadas.

Obrigada por me adoçarem os dias com a vossa existência:)

terça-feira, 2 de junho de 2009

desabafo

a sensação que tenho é que o mundo anda louco e profundamente doente; inverteu-se tudo, ou melhor, perverteu-se tudo; como deixámos que chegasse até aqui? Como guardar aquele espaço essencial, da poesia por exemplo (ou outro nome qualquer) que nos faz sentir que ainda estamos ligados ao Cosmos, a Deus, ao Divino ou outro nome qualquer que lhe queiramos dar?
Porque deixámos que o dinheiro e o trabalho se tornasse um fim em si mesmo, e nos resignámos à trilogia "produzir-consumir-morrer"?

Para onde caminhamos nesta fuga em frente?

terça-feira, 21 de abril de 2009

25 de Abril - Heresias (DI BOX - Arruda dos Vinhos) [Entrada Livre]



Na estrada desde 1994, o projecto “Heresias” tem na sua génese uma ideia forte: o rock português deve receber influências da música tradicional portuguesa. João Cágado, principal motor da ideia e do projecto, cedo começou a orientar o seu trabalho nesse sentido, através dos projectos colectivos “Kodagga” e “Magna Terra”.

Possuidor de uma grande experiência profissional, tanto em palco como em estúdio, João Cágado já participou em projectos como “The Vein”, “Aos olhos da censura”, “Cantos D’Aurora”, “Terra D’Alva” e, mais recentemente, “Cantes do meu cante”. Em “Heresias” está acompanhado por Pikaxu, Carlos Menezes, Luís Calado, Paulo Couto e Manuel Dias.

Com quatro álbuns editados, o projecto funde com uma harmonia invulgar e genuína o pop/rock com sons sintetizados de acordeão, guitarra portuguesa e flauta. Mas aposta também na palavra, sempre no trilho das inquietações que nos fazem questionar sobre a realidade actual. De pés bem assentes na terra e olhos no céu, dão-nos a certeza que há uma ordem cósmica, à qual cada um de nós pertence.

Myspace: www.myspace.com/heresiasproject
No Palco Principal: http://palcoprincipal.sapo.pt/heresias

sábado, 18 de abril de 2009

incomunidade: Ofício Cantante de Herberto Hélder

incomunidade: Ofício Cantante de Herberto Hélder

aos meus 4 fiéis leitores, deixo esta hiperligação para um artigo da autoria de Maria Estela Guedes, que muito apreciei.

T.C.

DIVULGAÇÃO: Iniciativa no Círculo das Letras: debate e recital de música (canto livre-1960.1974)


4ª feira 22 de Abril 18.45h

A Livraria Círculo das Letras convida as suas amigas e amigos para a apresentação do livro "Canto de intervenção - 1960-1974" de Eduardo Raposo, por Nuno Pacheco(e recital de música com Francisco Naia, acompanhado à guitarra clássica por José Carita e Ricardo Fonseca) _____________________________________

quinta-feira, 16 de abril de 2009

DIVULGAÇÃO: curso de pensamento crítico contemporâneo


Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Departamento de Ciências e Técnicas do Património

CURSO DE FORMAÇÃO
Pensamento Crítico Contemporâneo:
Alguns Representantes

Nº Horas: 24 horas

Nº Créditos: 2,5 ECTS - aprovados pelo Senado da UP

Datas de Realização: 20 Abril a 8 Junho 2009

Horário: 2ª feiras - 19h30 às 22h30

Plano de Estudos:
1 – Estruturalismo: Jacques Lacan
2 – Pós-estruturalismo: Michel Foucault
3 – Pós-estruturalismo: Jacques Derrida
4 – Feminismo (2ª geração): Judith Butler
5 – Pós-marxismo: Giorgio Agamben
6 – Pós-marxismo: Slavoj Zizek
7 – Pós-modernidade: Jean Baudrillard
8 – Pós-modernidade: Jean-François Lyotard

Docente:
Prof. Doutor Vítor Oliveira Jorge

Propina do Curso:
Alunos, Antigos Alunos e Funcionários da UP - €95,00
Público em Geral - €140,00
Seguro Escolar: 2,02€
Prazo de Inscrições:
26 Janeiro a 17 Abril 2009
(a inscrição só é valida com o respectivo pagamento)

INFORMAÇÕES
Sector de Formação Contínua
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Telef: 22 607 71 52 Email: gfec@letras.up.pt
CANDIDATURAS
- www.letras.up.pt -
(Menu ‘Cursos’ > Formação Contínua)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

João Cágado-projecto"Heresias"- concerto dia 25 de Abril



no próximo dia 25 de Abril, às 22 horas, na DI Box, Arruda dos Vinhos
concerto de Heresias.
Fica o convite:)



mais em: http://www.myspace.com/heresiasproject

hagakapa comentou http://www.youtube.com/watch?v=yI1gxLK3fmA
É incrivel como bandas como esta nao sejam mais divulgadas. Soube Qe dia 25 de abril vem a Arruda. Estou lá. Força heresias grande tema ;)
Um abraço

(From the album "Heresias III" with images taken from the Peter Joseph film "Zeitgeist". Performed and adapted by Joao Kagado. English subtitles. )

TC

quinta-feira, 2 de abril de 2009

DIVULGAÇÃO: gente nova a fazer pela vida - Urban Tribe






Empresa: Urban Tribe

Empresária: Raquel; tem 26 anos, inteligente, com um sorriso do tamanho do mundo.
Licenciada em bio-química;
postos de trabalho: 1

história

A Urban Tribe nasceu do desafio feito à Raquel pela então sua entidade patronal;
quando estava a acabar a sua licenciatura, trabalhou nesta loja;
perante o desafio de poder ficar com a mesma, não hesitou e meteu mãos à obra;

com a ajuda de amigos e algumas tintas, fez de um espaço a preto e branco, um espaço colorido;
e com a sua forma de Ser e Estar, tornou um pequeno espaço num grande espaço, se medirmos em termos de simpatia, profissionalismo e atenção para com o cliente;

não querendo ficar por aqui, esta empresária partiu para novos rumos, garantindo no entanto aos seus clientes, a continuação de um excelente atendimento, na pessoa que escolheu para a substituir, o Alei, que estava desempregado;

assim, criou um posto de trabalho.
Desta parceria, Alei e Raquel , resulta um trabalho digno, de convergência, em benefício dos seus clientes e, em última instância, de todos nós.
A isto, chama-se produzir, gerar riqueza para um país.

Penso que a nossa obrigação, enquanto cidadãos, é adquirir os produtos nestas pequenas/grandes lojas, ajudando assim ao desenvolvimento e incentivando estes jovens que, de facto, fazem coisas.

Parabéns Raquel e obrigada por contribuíres de uma forma efectiva, dentro das tuas possibilidades, para o emprego.

Rua Serpa Pinto, 32-Évora
loja online: Urban Tribe

domingo, 29 de março de 2009

benev(i)olência...causa-me náuseas!

gosto mais de açorda d'alho;
pese embora o mau hálito, faz muito bem à circulação e até afasta vampiros.



T.C.

quinta-feira, 26 de março de 2009

lágrimas iguais às minhas...


com ou sem burka.

(url imagem : artwork_images_113308_124988_james-nachtwey.jpg)


TC

ops! enganei-me nas fotos...




Guerra do Iraque

(...)Quais são as muitas dimensões da ocupação em termos de custos?

Vidas perdidas:

Aqui existe uma dimensão macabra.

O Pentágono atribui, por vida perdida, um subsidio de 500 mil dólares, divididos uma parte - 400 mil dólares directamente da Life insurance policy (a tal que o Estado americano como vem explicado no segundo artigo se compromete a pagar, por conta do que as seguradoras deveriam fazer…) e mais 100 mil derivados de um “Death Gratuitity”, se bem percebi a lógica.

Utilizam uma expressão “Death gratuity” - o tal prémio de 100 mil dólares, se bem a consigo ouvir e escrever - algo que o entrevistador comenta nunca ter escutado…a gratuitidade da morte…

O que é mais espantoso é que no sector privado, isto é, alguém que participe na Guerra mas a trabalhar para uma empresa do sector privado, a mesma vida perdida já será avaliada em 7 milhões de dólares.(...)(mais)


*excerto retirado de : DISSIDENTE-X


as fotos???... AH!...isso são DANOS COLATERAIS

TC

por falar em bancos...

transcrevo aqui um email que acabei de receber



"(Esta carta foi DIRIGIDA ao banco BES, porém devido à criatividade com que foi redigida, deveria ser DIRIGIDA a todas as instituições financeiras.)

Exmos. Senhores Administradores do BES

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. Rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria desta forma: todos os senhores e todos os usuários pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer outro produto adquirido (um pão, um remédio, uns litro de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.

Que tal?

Pois, ontem saí do BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples.

Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como todo e qualquer outro serviço. Além disso impõe-se taxas de. Uma "taxa de acesso ao pão", outra "taxa por guardar pão quente" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.

Financiei um carro, ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobram-me preços de mercado, assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.

Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.

Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobram-me uma "taxa de abertura de crédito"-equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pão", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar

Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobram-me uma "taxa de abertura de conta".

Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura de padaria", pois só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.

Antigamente os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos. Agora, ao contrário de "por fora" temos muitos "por dentro".

Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobram-me uma taxa de 1 EUR. Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR "para manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa de existência da padaria na esquina da rua".

A surpresa não acabou. Descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quente".

Mas os senhores são insaciáveis.

A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de v/. Banco.

Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?

Depois de eu pagar as taxas correspondentes talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc., etc., etc. e que apesar de lamentarem muito e de nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto pela lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal. Sei disso, como sei também que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.

Sei que são legais, mas também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma."

pois é...o pessoal está a ficar cansado...

TC

quarta-feira, 25 de março de 2009

e a BEStialidade continua...

14,55horas do dia 25/03 continua cativo um montante de 358,50€, que por acaso até é um cheque duma instituição estatal....siga!!!! Se tivesse em falta com o banco desde o dia 23, quanto me custaria em juros?
Logo à partida, se tivesse a conta a descoberto, custar-me-is 10€ + imposto de selo.

TC

terça-feira, 24 de março de 2009

Decreto-Lei n.º 18/2007 de 22 de Janeiro- NO BES É MENTIRA!!!!

Para efeitos de aplicação do presente decreto-lei, entende-se por:

d) «Data valor» a data a partir da qual a transferência ou o depósito se tornam efectivos, passíveis de serem movimentados pelo beneficiário e se inicia a eventual contagem de juros decorrentes dos saldos credores ou devedores das contas de depósito; (portal do cliente bancário)



também diz que "4 - Aos depósitos em cheques efectuados em terminais automáticos é atribuída a data valor do 2.º dia útil seguinte ao do depósito, ficando o respectivo saldo credor disponível nesse mesmo dia útil."(portal do cliente bancário)


Mas no BES não!!!!



não acham BEStial o espiritosantod'orelha??
"quando um cão tem pulgas, até as carraças o atacam"

ou então,

" dura lex, sed lex..."????, deixa lá ver o que diz o Banco de Portugal e o Instituto do Consumidor e os 329 organismos para onde escrevi...

uma coisa é certa: há contas para pagar...e o dinheiro está onde muito bem entendem;

se calhar temos que começar a acertar as contas todas, para não sermos maus pagadores

T.C.

Requisitos deste ano para professores de Espanhol são transitórios.




Esta é uma questão que tem dois aspectos bem distintos e ambos maus…
1º É curioso este interesse direccionado para o ensino do ‘Espanhol,’ quando os próprios espanhóis lhe dedicam cada vez menos importância, ou seja, os espanhóis conseguem fazer cá o que não conseguem fazer na terra deles… Fantástico! Só pode visar uma aproximação a Hugo Chávez, mais uma vez, vendem gato por lebre… Vão ensinar espanhol para a Catalunha, o País Basco ou para a Galiza… Isto é, para Espanha…
O que é a Espanha?
Não, vêm para Portugal. (ler mais)


porquemedizem: ALLdrabice...


retirado de ALLdrabice

requisitos para profs. de espanhol- O objectivo do Governo é colmatar...


(...) a "enorme" falta de docentes na área

Requisitos deste ano para professores de Espanhol são transitórios
23.03.2009 - 20h17 Lusa
O Governo garantiu hoje que os requisitos para os professores de Espanhol no concurso deste ano são "transitórios" e que visam colmatar a "enorme" falta de docentes na área, bem como o aumento do número de alunos.

Segundo dados do Ministério da Educação frequentam este ano lectivo a disciplina 36.662 alunos no ensino básico e 13.211 no secundário, num total de 49.873. No ano lectivo anterior eram 30.407 e em 2004/05 5267. Por outro lado, ficaram este ano por preencher 52 das 171 vagas/horários disponibilizados nas colocações residuais, 537 dos 569 lugares abertos nas cíclicas e 94 das 434 vagas disponíveis nas contratações de escola.

"É uma situação transitória que tem a ver com uma situação muito anormal: um crescimento absolutamente inacreditável de Espanhol e uma enorme falta de professores da língua", disse o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.

Assim, no concurso de recrutamento de professores deste ano, considera-se que a habilitação é conferida também aos docentes com uma qualificação profissional numa língua estrangeira e/ou português e que possuam na componente científica da sua formação a variante Espanhol ou o Diploma Espanhol de Língua Estrangeira (DELE), nível C2, do Instituto Cervantes.

Mais vagas

Até agora, para a atribuição de habilitação profissional para a docência em qualquer grupo é preciso uma licenciatura atribuída por uma instituição do ensino superior, um número de créditos nas disciplinas que integram as áreas do conhecimento em que pretende profissionalizar-se como docente e ainda o grau de Mestre em Ensino nesse mesmo domínio docente.

Segundo o secretário de Estado da Educação, existem actualmente nos quadros 35 professores do grupo de recrutamento de Espanhol (350), mas o Governo vai abrir 220 vagas. "Os professores com habilitação profissional que se candidataram [nas cíclicas, residuais e contratação de escola] durante este ano foram 170. Mesmo que todos se candidatem agora não conseguiríamos preencher as vagas que abrimos para os quadros", acrescentou Valter Lemos.

Durante o concurso que está a decorrer, que vai ditar as colocações para os próximos quatros anos, apenas "cinco" docentes se candidataram até agora aos quadros naquelas circunstâncias, estimando o secretário de Estado que venham a ser apenas "algumas dezenas".

"O nosso objectivo é tentar resolver o problema aproveitando ao máximo possível professores experientes e profissionalizados, por exemplo de Francês e Alemão, disciplinas que têm tido menos procura. Ficamos com mais alguns professores no sistema", sublinhou.


Mais alunos

Valter Lemos reuniu hoje com responsáveis de todas as universidades que ministram formação de professores de Espanhol, que "se mostraram receptivos a este regime transitório". "Comprometeram-se ainda a investir mais e a formar mais professores nesta área nos próximos anos e a abrir cursos para professores de outras línguas realizarem apenas a variante de Espanhol", disse, acrescentando: "Se esta progressão do número de alunos continuar, teremos 60 mil no próximo ano".

A Associação Portuguesa de Professores de Espanhol (Appele) considera que as alterações nos requisitos "são mudanças sem aviso prévio e sem nenhum tipo de negociação ou intervenção por parte das entidades vinculadas ao ensino do Espanhol em Portugal" e que "já existem recursos humanos suficientes para ocupar os lugares efectivos no Estado".

"Isto é uma clara falta de respeito aos docentes profissionalizados em Espanhol, porque qualquer licenciado com um diploma que nem é universitário vai poder concorrer aos quadros", disse Secundino Vigón, da Appele, que será recebida esta semana pelo secretário de Estado.(fonte: Publico)

porquemedizem: No Vaticano hoje o jantar é Chanfana...

porquemedizem: No Vaticano hoje o jantar é Chanfana...

domingo, 22 de março de 2009

IRÁN: CONTINÚAN LAS LAPIDACIONES


IRÁN: CONTINÚAN LAS LAPIDACIONES

Foto de Afsaneh Nowrouzi
Afsaneh Nowrouzi pasó siete años en el corredor de la muerte de Irán. Fue indultada después de que la familia de su víctima recibiera una compensación económica. © AP Photo/Str

Actualizado: 3 de marzo de 2009

A finales de 2008 se reanudaron las lapidaciones en Irán. Houshang Khodadadeh y otro hombre no identificado murieron apedreados hacia el 26 de diciembre.

Después de un año en el que se registraron noticias alentadoras y en el que la acción de miles de activistas en todo el mundo consiguió parar la lapidación de al menos siete personas, 2009 ha empezado con estas terribles noticias.

Los dos nuevos casos de lapidación demuestran una vez más que las declaraciones de la Magistratura iraní, que en 2002 y en agosto de 2008 anunció sendas suspensiones de las lapidaciones, no son suficientes. Desde 2002 han sido lapidadas cinco personas.

Por ello, es necesario redoblar los esfuerzos para terminar de una vez por todas con esta práctica atroz.

La ejecución por lapidación es un castigo especialmente cruel que Irán aplica a hombres y mujeres casados acusados de cometer adulterio, desoyendo así a la Comisión de Derechos Humanos de la ONU, según la cual tratar el adulterio como delito es contrario a las normas internacionales. La lapidación está específicamente concebida para aumentar el sufrimiento de la víctima, pues para llevarla a cabo se escogen piedras lo suficientemente grandes como para causar dolor pero no tanto como para matar a la víctima enseguida.(fonte:http://www.es.amnesty.org/)

quinta-feira, 19 de março de 2009

"Avondo De Mim"




Seco corre em mim
um pedaço de rio
a sós danço e caio
num leve rodopio

Danço e peço um olhar
alguém que venha por bem
que me veja cair
no chão como ninguém

Seco corre em mim
o trabalho das mãos
o calor do meu corpo
escravo da solidão

Canto até ao sol pôr
mor de minha alegria
canto a dança dos corpos
que dançam até ser dia
no leito da noite quente
no espaço que em mim recorto

Secos correm rios
pelas faces já velhas de alguém
o calor do meu corpo
já não serve p'ra mais ninguém.

(autoria: Manuel Dias & João Cágado)

quarta-feira, 18 de março de 2009

bubba blitz




esta é bubba, a que ensina a noite, como diz aa, a sábia, com os seus dezasseis anos de vida; sabe das alegrias e das tristezas, tem manhas e artimanhas e adora seres humanos; no muro do quintal, mete conversa com quem passa; conhece o som dos carros e dos passos de cada pessoa que frequenta a casa;
é fantástica a bubba...

T.C.

domingo, 15 de março de 2009

a carta da paixão (herberto helder)

In:
PHOTOMATON & VOX
Herberto Helder
Lisboa, Assírio & Alvim, 1995

Esta mão que escreve a ardente melancolia
da idade
é a mesma que se move entre as nascenças da cabeça,
que à imagem do mundo aberta de têmpora
a têmpora
ateia a sumptuosidade do coração. A demência lavra
a sua queimadura desde os seus recessos negros
onde se formam
as estações até ao cimo,
nas sedas que se escoam com a largura
fluvial
da luz e a espuma, ou da noite e as nebulosas
e o silêncio todo branco.
Os dedos.
A montanha desloca-se sobre o coração que se alumia: a língua
alumia-se: O mel escurece dentro da veia
jugular talhando
a garganta. Nesta mão que escreve afunda-se
a lua, e de alto a baixo, em tuas grutas
obscuras, essa lua
tece as ramas de um sangue mais salgado
e profundo. E o marfim amadurece na terra
como uma constelação. O dia leva-o, a noite
traz para junto da cabeça: essa raiz de osso
vivo. A idade que escrevo
escreve-se
num braço fincado em ti, uma veia
dentro
da tua árvore. Ou um filão ardido de ponto a ponta
da figura cavada
no espelho. Ou ainda a fenda
na fronte por onde começa a estrela animal.
Queima-te a espaçosa
desarrumação das imagens. E trabalha em ti
o suspiro do sangue curvo, um alimento
violento cheio
da luz entrançada na terra. As mãos carregam a força
desde a raiz
dos braços a força
manobra os dedos ao escrever da idade, uma labareda
fechada, a límpida
ferida que me atravessa desde essa tua leveza
sombria como uma dança até
ao poder com que te toco. A mudança. Nenhuma
estação é lenta quando te acrescentas na desordem, nenhum
astro
é tao feroz agarrando toda a cama. Os poros
do teu vestido.
As palavras que escrevo correndo
entre a limalha. A tua boca como um buraco luminoso,
arterial.
E o grande lugar anatómico em que pulsas como um lençol lavrado.
A paixão é voraz, o silêncio
alimenta-se
fixamente de mel envenenado. E eu escrevo-te
toda
no cometa que te envolve as ancas como um beijo.
Os dias côncavos, os quartos alagados, as noites que crescem
nos quartos.
É de ouro a paisagem que nasce: eu torço-a
entre os braços. E há roupas vivas, o imóvel
relâmpago das frutas. O incêndio atrás das noites corta
pelo meio
o abraço da nossa morte. Os fulcros das caras
um pouco loucas
engolfadas, entre as mãos sumptuosas.
A doçura mata.
A luz salta às golfadas.
A terra é alta.
Tu és o nó de sangue que me sufoca.
Dormes na minha insónia como o aroma entre os tendões
da madeira fria. És uma faca cravada na minha
vida secreta. E como estrelas
duplas
consanguíneas, luzimos de um para o outro
nas trevas.

fonte: http://www.triplov.com/herberto_helder/carta/index.htm

para vosso deleite...com votos de boa semana.

T.C.

sexta-feira, 13 de março de 2009

O Objetivo


Os Meios são o Fim:

Pretendemos restaurar as necessidades fundamentais e a consciência ambiental da espécie revogando a maioria das idéias que temos de quem e o que realmente somos, juntamente com como a ciência, a natureza e a tecnologia (em vez de religião, política e dinheiro) são a chave para nosso crescimento pessoal, não só como seres humanos individuais, mas como civilização, estrutural e espiritualmente. As percepções centrais dessa consciência são o reconhecimento dos elementos Emergentes e Simbióticos das leis naturais e de como o alinhamento dessa compreensão como base para nossas instituições pessoais e sociais, a vida na Terra transformar-se-á em um sistema que crescerá continuamente, onde consequências negativas sociais como camadas sociais, guerras, preconceitos, elitismo e atividades criminosas serão constantemente reduzidos e, esperamos, venham a deixar de existir no comportamento humano.

Claro que, para muitos humanos, é uma possibilidade muito difícil de se considerar, uma vez que fomos condicionados pela sociedade a pensar que crime, corrupção e desonestidade são “como as coisas são”, que sempre haverá pessoas que querem abusar, ferir e tirar vantagem dos outros. A religião reforça fortemente essa propaganda, já que a mentalidade “nós e eles”, “bem e mal” promove essa falsa suposição.

A verdade é que vivemos numa sociedade que produz escassez. A consequência dessa escassez é que os humanos devem se comportar de modo a se preservar, mesmo que isso signifique enganar e roubar para conseguirem o que querem. Nossa pesquisa concluiu que a escassez é uma das causas mais fundamentais de desvios de comportamento humano, além de levar a formas complexas de neurose. Uma análise estatística do vício em drogas, da criminalidade e da população carcerária demonstra que a pobreza e condições sociais não saudáveis são parte da experiência de vida das pessoas que adotam tais comportamentos.

Seres humanos não são bons ou ruins...(ler mais)

(retirado de http://www.thezeitgeistmovement.com/)

T.C.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Deus e a Física Quântica - Entrevista com Amit Goswami

A PONTE ENTRE CIÊNCIA E RELIGIÃO

O Roda Viva entrevista o físico nuclear indiano Amit Goswami. Considerado um importante cientista da atualidade, ele tem instigado os meios acadêmicos com sua busca de uma ponte entre a ciência e a espiritualidade. Amit Goswami vive nos Estados Unidos. É PhD em física quântica e professor titular de física da Universidade de Oregon. Há mais de quinze anos está envolvido em estudos que buscam construir o ponto de união entre a física quântica e a espiritualidade. Já foi rotulado de místico, pela comunidade científica, e acabou acalmando os críticos através de várias publicações técnicas a respeito de suas idéias. Em seu livro O Universo Autoconsciente - publicado no Brasil - ele procura demonstrar que o Universo é matematicamente inconsistente sem a existência de um conjunto superior - no caso, DEUS. E diz que, se esses estudos se desenvolverem, logo no início do terceiro milênio Deus será objeto de ciência e não mais de religião... (ler mais).


fonte: ANOITAN

para deleite dos meus visitantes pensadores, aqui deixo, pelo seu manifesto interesse, indicação deste artigo do excelente blogue ANOITAN .
Fiquem bem.

T.C.



incomunidade: filo-café: medo à liberdade

incomunidade: filo-café: medo à liberdade

incomunidade: silêncio da gaveta

incomunidade: silêncio da gaveta

terça-feira, 10 de março de 2009

Direitos e obrigações dos direitos

Por Carlos Vogt

De que direito se fala quando mencionamos o direito à educação, à saúde, à vida digna, à dignidade da vida, à infância inocente e inocentada, à velhice segura tranquila sem tranquilizantes, ao ensino, sem e com ensinamentos, à sabedoria sem os sabidos, só com os sábios, os sabiás, e os destemidos.

O direito à vida supõe, é óbvio, mas não tão claro, a própria vida. A vida com direitos é cheia de deveres e devires que para não serem tortos são também deveres, como aqueles, de casa, que trazidos da escola nos obrigam à disciplina de refletir, responder e procurar perguntas para o ser como, o como ser, o porquê do como, menos difícil que o porquê do ser.

O direito à vida supõe que a vida própria, ou a vida alheia, tenha seus direitos. Os direitos da vida são os deveres do homem, já que tudo é invenção humana, do humanismo ao humanitismo, da criação ao evolucionismo, da dor sem cura ao curandeirismo, da metafísica à criatura sem criador.

Quanto mais humano, mais religiosamente profano. (ler mais)

(fonte: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=43&id=516)
T.C.

sexta-feira, 6 de março de 2009

A REAL CRISE DAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS...

água e electricidade, serviços essenciais em países desenvolvidos: Europa volta à Idade Média...

Indiferentes à crise nacional e global, as empresas fornecedoras de água, gás e electricidade limitam-se a cumprir "friamente" os seus contratos...(ler mais em amafia portuguesa)


li este artigo e este tem sido um dos temas de conversa nas tertúlias com familiares e amigos;portanto, como subscrevo inteiramente, não poderia deixar de divulgar...é o mínimo!

T.C.

DA RECESSÃO À DEPRESSÃO

a inacção de medidas económicas pela União Europeia está a permitir a proliferação do trabalho escravo...
(ver amafiaportuguesa)


T.C.
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Colóquio Internacional "Almutâmide e a Poesia do Garb al-Andalus

Colóquio Internacional em Évora

Almutâmide e a Poesia do Garb al-Andalus
Homenagem ao Professor Doutor António Borges Coelho
13 e 14 de Março
Universidade de Évora
Palácio do Vimioso (Sala 205)


A realização deste Colóquio Internacional, com a participação de alguns dos mais prestigiados arabistas e investigadores nacionais,
mas também espanhóis e marroquinos, resulta de uma feliz parceria entre o CEDA - Centro de Estudos Documentais do Alentejo-Memória Colectiva e Cidadania,
o CIDEHUS-UE - Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora e o Município de Évora.
A temática em análise, reflexão e debate “Almutâmide e a Poesia do Garb al-Andalus”, é um assunto que está na ordem do dia e que cada vez mais desperta o interesse e a paixão dos investigadores, mas por outro lado é ainda quase desconhecido do grande público e pouco divulgado mesmo nas camadas mais informadas da sociedade portuguesa.
Neste contexto, é objectivo da organização deste Colóquio Internacional, através da reflexão e do debate realizado a partir das conferências e comunicações apresentadas pelos arabistas, colectivamente com outros investigadores e todos os participantes, lançar alguma luz sobre esse período decisivo para a nossa poesia lírica,
que foi a 2ª metade do século XI e também as décadas seguintes, e a sua importância para moldar um reino que ia emergir em breve, fruto das peculiaridades várias,
mas em grande parte consequência de um legado civilizacional, isto é, dando continuidade à síntese da civilização mediterrânica, que o Islão depositou na Península Ibérica.
O outro aspecto deste Colóquio Internacional é a mais que justa Homenagem que prestamos ao Professor António Borges Coelho – o pioneiro contemporâneo do arabismo português – ele que abriu muitas portas, a começar por Portugal na Espanha Árabe e por Mértola e a que todos nós, investigadores e apaixonados por esta temática somos devedores.(Eduardo M.Raposo)




Colóquio: Programa

Colóquio:Ficha de Inscrição

quinta-feira, 5 de março de 2009

tarefa do inútil...

vencida a batalha com o ulead, cá estou a dar início à colocação de imagens em vídeo...espero que se divirtam:)




parte 1- um prefaciador que se recusa a apresentar um livro, porque entende que não há iluminados que digam às pessoas o que é um livro, antes destas o lerem e retirarem as suas próprias ilações...

T.C.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

lançamento, sábado, 21/02, às 22horas ,no bibliocafé Intensidez, em Évora



Da Fixação como Resistência.

Todo o século vinte reflectiu a pujança da alteridade, na sequência de uma certa carta que Rimbaud escreveu a Verlaine onde profetizava: Je est un autre. A poesia portuguesa, porém, inscreveu a alteridade logo na sua raiz, nas cantigas de amigo onde o amigo se alterava em amiga.
O outro é assim a matriz medieval dos textos fundadores e voltará, pela mão do romantismo a essa fundação seja pelos pseudónimos seja pelos alterónimos. Uma outra tradição fundacional é aquela que chega pelos textos árabes de Al-Mutamid,Ibn-al-murahal ou Ibn-Ammar. Neles a cisão autoral não se verifica e a fragmentação em papéis não é vertida em texto.
Talvez a posmodernidade seja, pela indefinição, o colapso da alteridade e a busca da inteireza ou do veraz.Tal altericídio, porém,não parece restituir o eu por muita negação do ego que seja praticada. O eu, como mito necessário e realidade fisiológica, aparenta-se sempre ao outro que o espelha ou distingue.
Ao ler estes textos de Teresa Cuco, estas reflexões impõem-se-me como nuvem de onde seja possível chover pensamento.
Teresa Cuco pratica uma atinência ao outro, sem no entanto se alterar em voz do outro. A estética mais aguda é, nela, a estética da recepção. Talvez de uma recepção inteira da qual não salvaguarda nenhuma parte neuro-emocional para praticar o póstumo. Esta resistência ao outro (a não mudança, a fixação no outro) traz como resgate a memória impregnada como lição aprendida em Simónides. O teatro da memória, nas ritualidades do quotidiano e antropoculturais, apresenta cada vez mais espectadores e cada vez menos viventes. O sistema de trocas, aparentemente terapêutico, processa-se pelo continuum, pela velocidade contra o sedimento. Muito raro haver quem, como Teresa Cuco, não se deslumbre com o instantâneo e consiga a permanência do invisível.
Ou, como diz Marina Tsevetaeva: “Não é possível dividir-te/em cadáver e fantasma./Não te trocarei pelo fumo dos incensos/Ou pelas flores das campas.”
alberto augusto miranda, in Prefácio, do Amor e da Espada, Teresa Cuco, Editora Corpos, 2008

[Une-nos o silêncio mágico da terra.
O arrepio das memórias das ausências.
Une-nos o espaço em branco
das palavras.
E o poema...
sempre o poema.]

Teresa Cuco, in do Amor e da Espada

As presenças:

Alberto Augusto Miranda, prefaciando...

Poemando... Margarida Morgado, Eduardo Raposo, Davide Santos e Ana de Sousa.

Musicando, nesta noite tão especial, João Cágado e Manuel Dias, com 3 temas de "Magna Terra":

- Guardador De Rebanhos
- Avondo De Mim
- Algo É Nosso

Improvisando... João Cágado, à guitarra, e os poemas de Teresa Cuco pela voz da própria!
e
concluindo... com o tema de encerramento da noite:
- Dádiva Do Mundo

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ao meu amor

Amo-te duas vezes

Em cada dia

Em cada momento

Sempre duas vezes

Quando te tomo

E quando dormes

Sempre que afago o teu cabelo

Quando falo com a noite

Desço em ti, quieto…

Absorvendo-te a alma

No teu íntimo

Sempre duas vezes

Galopa-me este sentimento duplo

sem que entendas

Amar-te-ei eternamente

e viverei duas vidas numa só, junto de ti.

Agora te digo que te amo em duas vidas inacabadas!


(Garibaldi)


chuva

Conheces a chuva?
Aquela gota que se junta a uma outra
depois…ganha forma e torna-se densa.
Então, outras se juntam e tomam forma, vida.
Galgam desalmadamente terras bravias,
rasgando-lhe o ventre até às entranhas.
Assim, milagrosamente,
brotam flores na terra árida.
Outras gotas virão
Nascerão outras flores
Virão outras gentes…
E a corrente não parará.

(Garibaldi)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

"Antígona Gelada", de Armando Nascimento Rosa


Fui há alguns dias assistir a esta peça.

Não sou uma amante de teatro, diga-se em abono da verdade. No entanto, tenho assistido a praticamente todas as peças deste autor.

Em primeiro lugar, corri sérios riscos de ficar quase tão gelada como Antígona no final da peça, não fora a mantinha vermelha dobrada em duas e o calor que vinha do amigo sentado a meu lado.

Apesar disso, consegui ficar presa ao desenrolar das cenas, seguindo o curso da peça, sem perder pitada.

O Armando Nascimento Rosa tem uma forma peculiar de escrita que se pauta por uma coisa muito importante: é que usa de uma linguagem simples, directa, perfeitamente acessível ao comum dos mortais. Digo isto porque, embora grande parte das suas histórias assente bastante em figuras mitológicas, não me pareceu que a peça se tornasse incompreensível para o espectador que não dominasse essa matéria.

Mesmo correndo o risco de esta ser uma apreciação algo simplista, reconheci no texto muitas das questões comuns a todos nós; os nossos medos, preconceitos, logros, vinganças, dissimulações, paixões, manipulações, etc.

Nalgumas das falas, extremamente duras e sarcásticas, registei a mensagem de alerta relativamente ao rumo que o mundo vem tomando e que obviamente também diz respeito a cada um de nós.

Falo da realidade virtual de Jean Baudrillard ou do homo consumericus de Gilles Lipovetsky, que se pode traduzir, grosso modo, pela “coisificação” da pessoa, banalização e perversão dos valores, sociedades cada vez mais adormecidas e anestesiadas, com o alto patrocínio dos mass media ao serviço dos poderes instituídos, remetendo-nos inexoravelmente para a solidão e para o vazio.


Finalmente, e caso os meus 2 fiéis leitores estejam interessados, poderão consultar aqui ou aqui, um resumo de Antígona, a de Sófocles, escrita há mais de 2 500 anos.


E pronto, é o que consegui reter desta peça do Armando Nascimento Rosa, enquanto gelava, qual Antígona.


Fiquem bem.

T.C.


nota: usei os seguintes links:
http://www.tiosam.net/enciclopedia/?q=Ant%C3%ADgona - Resumo sobre "Antígona"
http://protagonistas.blog.com/2238544/-Entrevista a Gilles Lipovetsky



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

fecho a boca das palavras...

[fecho a boca das palavras e derramo-me
no chão até desaparecer.
Hoje, estou triste.]

Por todas as pessoas no mundo que trabalham com empenho e dedicação.
Por todas as pessoas que são remetidas para a mediocridade
que interessa manter e alimentar para dar estatuto, entre outros, aos detentores da caridade.
Por todas as pessoas que são usadas
e atiradas para a precariedade.

É esta a nossa grande
enorme
infinita
solidão.


T.C.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

op_ti_mis_ta!!!

Ele é op_ti_mis_ta!!!

Veste bem…tem amigos optimistas…todos GORDOS OPTIMISTAS!!!

Os filhos, são futuros optimistas…prevêem um futuro optimista!!

Optimizam crises…optimistas!...Sugam-nos com optimismo…

tantos pobres OPTIMIZADOS…OPTIMISTAS!!!


(Garibaldi)

piada a uns olhos verdes


Aqueles teus olhos lindos
deixaram-me embevecido
mas quebraram-lhe o encanto
disseram que eram de vidro!
E agora que os recordo…será que ainda sentes?
quebraram-lhe o encanto…
juraram-me que eram lentes!
E os meus que te viram nesta louca cegueira…
fugiu todo o encanto
ao toque da feiticeira...




(à "piquena bruxinha", com carinho)

(Garibaldi)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Barack Obama já ordenou o encerramento de Guantanamo

Comentário de um amigo meu:

"-Ainda assim não se fosse esquecer..."


T.C.

Barack Obama , Messias ou Herói?

Embora veja pouco televisão, acabou por me entrar pela casa dentro os rumores da histeria que possuiu a grande maioria dos Seres deste planeta no que se refere à eleição do novo presidente dos E.U.A..
Será que se festeja a vinda de Obama ou a saída de Bush?, pensei com os meus botões.
É que Barack Obama parece ser agora o Salvador do planeta.
Eu, que tenho dificuldade em acreditar em Messias, muito menos vindos dos E.U.A., fico algo apreensiva.
(dos states, nem bom vento, nem bom casamento…)
Depois, devo confessar que Barack Hussein Obama é um nome, no mínimo curioso, para um Messias.
Podemos sempre arranjar-lhe é um nome de herói, assim de um bom herói com espírito de sacrifício e abnegação, disposto a deixar a sua vida pessoal para salvar o planeta.
E depois podemos fazer vários filmes e livros sobre a saga de um tal “Surfista Dourado” ao serviço do grande Americus, o devorador de mundos.

T.C.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

natal?

Choveu copiosamente!

Grossas gotículas caem ainda dos beirais, estatelando-se como corpos moribundos nas calçadas.

Uma enorme montra reluz com lâmpadas multicolores num sonho colorido infinito!

Uma névoa difusa sombreia o exposto.

Um enorme boneco vermelho de barba branca ostenta uma barriga ímpar…na mão tem uma profusão de brinquedos!

Na rua, andrajoso, um menino acoita-se das beiras que pingam teimosamente, salpicando-lhe a visão…como vê mal! –automóveis passam numa correria desmedida! A indiferença está patente entre dois mundos!

É natal, diz-se de boca cheia!

O que será?

O menino afasta-se sem rumo, olhando o firmamento onde brilham estrelas…

(Garibaldi)


revolta


Numa dor incontida, a alma soergue-se na profundeza da revolta! Na impávida serenidade dos pobres, assistimos ao assalto desenfreado desta courela que já foi, em tempos, chamada de país.

Os vendilhões da política, incolores, a um todo, numa só voz, banqueteiam-se a rodos até imparem de grandeza! Em traições latentes, constatamos feridos de morte, a impunidade que faz regra! Não existe pudor!

Empoleirados no poder, os compadres vagueiam a seu bel-prazer!

Em tempos, acenam com um gesto chamado de voto! Os pobres, e são tantos, alimentam a esperança, movimentando-se como sonâmbulos alimentando os bichos! Lá longe, ecoa o apelo do hino do que já foi um país.

Às armas! Às armas!

Ergam-se e lutem!


(Garibaldi)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

"Garibaldi" junta-se ao antimáscara

Porque Antimáscara se assume como um convite a dissertações, poemas, textos, divulgação, divagação, indignação...e demais dizeres que acharmos por bem, enquanto gente de bem...teremos, a partir de agora, a colaboração de "Garibaldi".
Agradeço-lhe ter aceite este convite, na certeza de que enriquecerá este blog.
Aqui ficam as boas-vindas.


T.C.

“Cantes do meu Cante” no bibliocafé


Quem lá esteve, viveu um daqueles serões mágicos do Intensidez.

O António veio do Ribatejo para partilhar connosco.

O Eduardo Raposo veio de Lisboa, respondendo à chamada.

Aceitou um jantar familiar na rua das laranjeiras e rasgou um sorriso no rosto quando lhe apresentei o sofá onde dormiria.

“não te preocupes”-disse – “dormirei muito bem”.

Comemos caldo verde, com a primeira couve que fui colher ao jardim que transformámos em horta, e carne assada no forno.

E bebemos vinho tinto, recordando a noite de 30 de Dezembro, em que os três antecipámos uma passagem de ano de poemas e canções até às oito da manhã.

As horas voaram. Queria sair cedo para estacionar e tranquilamente arranjar lugar.

À pressa, um bilhete deixado na mesa, junto ao prato de T., que vinha de viagem e chegaria só às dez.

Quando chegámos ao Bibliocafé, vi várias caras conhecidas, quase amigas, diria, os colegas de curso, o Sr.Professor que costuma ir para lá trabalhar…e muita gente nova e bonita.

O que aconteceu naquele serão, foi pura poesia.

A casa estava cheia. Cheia de música, de beleza, de conversas entre amigos, de sorrisos, de gente linda.

Viajámos realmente pelo cancioneiro alentejano e fomos arrebatados pelas vozes e pelas guitarras.

É possível vestir o cancioneiro com uma roupagem diferente, mas igualmente digna. É importante mostrar-se que o Cante não é um fóssil, podendo e devendo revestir-se de outras formas, levando assim um cada vez maior número de jovens a ouvir e despertar em si memórias –raízes do que somos.

Em todos os tempos, os temas das canções são inspirados nas mesmas fontes: o amor, o trabalho, os sonhos, a terra…

“olha a noiva se vai linda”, “tenho no quintal um limoeiro”, “rouxinol repenica o cante”, “um sobreiro velhinho”.E as pessoas, especialmente os jovens, espreitando, tentando perceber que som era aquele que o João fazia na guitarra…

Naquela noite, convergiu-se. E o que vi foi três músicos realmente dando o melhor de si e um público atento saboreando palavras e música e devolvendo uma energia quase palpável que se agigantava e nos retornava em música, criando cumplicidades.

Foi muito bonito. Tão bonito como o sorriso da Ana e do Davide, no final da noite.


T.C.


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

"Cantes do meu Cante"

16 de Janeiro 22:00 6ª feira - no bibliocafé Intensidez, em Évora
"Cantes do meu Cante"













- Tolentino Cabo (Voz e Guitarra)
- José Melo (Voz e Guitarra)
- João Cágado (Voz e Guitarra)


Digo “cantes do nosso cante”.Digo Alentejo.

Porque as vozes, cúmplices, se entrelaçam nas cordas das guitarras, cujos braços se agigantam e nos abraçam.

Porque a palavra se faz poema. E o poema se faz Alentejo.

“Cantes do meu Cante”

ou o cheiro da terra a entranhar-se nos poros e o silêncio mágico da planície a avançar.

Arrebatando-nos os sentidos.

Devolvendo-nos as memórias.


Fica o convite.

T.C.







antimáscara

Termo popularizado a partir do teatro de Ben Jonson (por exemplo, em Mercury Vindicated from the Alchemists at Court, 1616 — v. WWW), para uma técnica dramática que funciona como interlúdio num enredo, introduzindo um momento de grotesco durante o desfile sério das máscaras tradicionais. Quando precedia a representação da máscara, designava-se antemáscara. O desempenho da antimáscara está, no século XVII, associado a questões de estratificação social: os actores mascarados pertencem geralmente à nobreza e a aristocracia, são amadores, que participam no espectáculo teatral por razões lúdicas; os actores com antimáscaras pertencem às classes sociais mais desfavorecidas e são geralmente profissionais. O facto de a antimáscara ter uma função burlesca em relação à máscara convencional permite a comparação com as estratégias de simulação das sátiras gregas antigas. (http://www.levity.com/alchemy/jonson1.html)
Carlos Ceia, s.v. "antimáscara", E-Dicionário de Termos Literários, coord. de Carlos Ceia, ISBN: 989-20-0088-9

Posto isto, Antimáscara assume-se como um convite a dissertações, poemas, textos e demais dizeres que acharmos por bem, enquanto gente de bem.
E porque acontecem coisas, dentro e fora de nós, será ainda um espaço de divulgação, divagação, indignação...(qualquer coisa) que fará o caminho enquanto for caminhando, ao sabor do momento (que é um tempo muito acertado).

Bem-vindos então (ao que há-de ser).
T.C.