Cartão de Visita do Facebook

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Simplesmente Maria, 1973





Basicamente, tratava das desventuras de uma jovem da província que tinha ido trabalhar para a capital... ingénua, deixou-se enganar por um vilão que a abandonou quando ficou grávida... eu era pequena, mas lembro-me desta "Simplesmente Maria", drama radiofónico que atraía os mais velhos, especialmente as mulheres da casa, para junto da telefonia; entre trejeitos de indignação e suspiros angustiados, a audiência fiel lá se desfazia em lágrimas com as mágoas da Maria.
E para fazer render o peixe, havia também as fotonovelas semanais, a cores!!! Que isto de chorar a cores não tem nada a ver com chorar-se a preto e branco... são 77 destas relíquias que foram parar aqui, para os que quiserem recordar... e sorrir :)
E sim, a telefonia da minha infância, era mesmo esta!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

NÓS, OS OUTROS. (ou o outro lado do cancro)


A notícia colhe-nos como um soco no estômago.
Rapidamente, aprendemos o labirinto de corredores, guichets, escadarias e andares;
aprendemos os rituais de análises, resultados, tratamentos, consultas.
Ouvimos conversas de doenças, limitações, cada desgraça maior do que a outra; tentamos encontrar em nós uma sintonia de Amor, de Paz, qualquer coisa que possa ajudar a quem amamos...um pensamento de Luz, um sorriso de confiança...lemos livros, revistas, fazemos poemas de Acreditar.
E esperamos.
Esperamos que o tratamento acabe.
Esperamos que tudo corra pelo melhor.
Esperamos um milagre que sabemos não ir acontecer. Mas esperamos.
Olhamos o rosto dos que amamos. Parece mais pálido...ou amarelo ou vermelho...parece cansado/a... não comeu... está triste... tem febre... e esperamos.
Porque não o/a obriguei a ver disto mais cedo? Porque é que eu não disse? Porque é que eu não fiz?
E esperamos.
Às vezes, torna-se tudo tão pesado. Choramos. Passamos a outro a tarefa de acompanhar, quando há outros, e paramos para nos fortalecermos outra vez.
Depois, há aquele momento em que o médico nos chama. A sós. Não há mais nada a fazer. Quer que fique aqui ou em casa? Levo-a/o para casa, claro! Estaremos juntos/as até podermos. Pense bem, olhe que é muito duro, alertam-nos; E é! O banho é uma tarefa quase impossível, a distância do quarto à cozinha torna-se imensa... todos os gestos por mais breves e normais se tornam um pesadelo... ainda assim, há momentos em que rimos até às lágrimas, e tudo parece normal. Cimentamos cumplicidades, fortalecemos o nosso coração. E Amamos mais e mais.
Rapidamente tudo se degrada e torna cada vez mais penoso; olhamos uns pelos outros, cuidamos das coisas, aquelas coisas práticas de que alguém tem de tratar...cuidamos dos outros, os que ficarão orfãos ou viúvos ou...
Que nome se dá a quem perde um irmão?

quinta-feira, 19 de abril de 2012

a paixão do Vinil





eu ainda sou do tempo do gira-discos e dos discos de vinil;
e o que é certo é que continuam a fazer as delícias de quem prefere aquele som "sujo", quiçá de "ovos estrelados"....mas único... incomparavelmente superior ao digital;


aqui segue a lista de discos à venda... 
Uns mais antigos, outros nem por isso... mas todos com histórias para ouvir e (en)cantar;


LP, Horslips, Short Stories/tall Tales, Mercury, vinil 1979






















Textos de Intervenção Social e Cultural, Fernando Pessoa  (Ref. 1083) | ComprAki - Leilões, Vendas e Anúncios Online

Textos de Intervenção Social e Cultural, Fernando Pessoa  (Ref. 1083) | ComprAki - Leilões, Vendas e Anúncios Online

POVO LUSO

 “Há algo de americano, com a barulheira e o quotidiano omitidos, no temperamento intelectual deste povo. Ninguém como ele se apropria tão prontamente das novidades. Nenhum povo despersonaliza tão magicamente. Essa fraqueza é a sua grande força (…). Porque o facto significativo acerca dos portugueses é que eles são o povo mais civilizado da Europa. Eles nascem civilizados porque nascem aceitadores de tudo (…). Outros povos acordam todas as manhãs no dia de ontem (…). Mas não esta tão estranha gente. Move-se tão rapidamente que deixa tudo por fazer, incluindo ir depressa. Nada há de menos ocioso do que um português. A única parte ociosa do país é aquela que trabalha. Daí a sua falta de evidente progresso. “
 Fernando Pessoa IN Obra em Prosa de Fernando Pessoa: Textos de Intervenção Social e Cultural - A Ficção dos Heterónimos.

antimáscara

Termo popularizado a partir do teatro de Ben Jonson (por exemplo, em Mercury Vindicated from the Alchemists at Court, 1616 — v. WWW), para uma técnica dramática que funciona como interlúdio num enredo, introduzindo um momento de grotesco durante o desfile sério das máscaras tradicionais. Quando precedia a representação da máscara, designava-se antemáscara. O desempenho da antimáscara está, no século XVII, associado a questões de estratificação social: os actores mascarados pertencem geralmente à nobreza e a aristocracia, são amadores, que participam no espectáculo teatral por razões lúdicas; os actores com antimáscaras pertencem às classes sociais mais desfavorecidas e são geralmente profissionais. O facto de a antimáscara ter uma função burlesca em relação à máscara convencional permite a comparação com as estratégias de simulação das sátiras gregas antigas. (http://www.levity.com/alchemy/jonson1.html)
Carlos Ceia, s.v. "antimáscara", E-Dicionário de Termos Literários, coord. de Carlos Ceia, ISBN: 989-20-0088-9

Posto isto, Antimáscara assume-se como um convite a dissertações, poemas, textos e demais dizeres que acharmos por bem, enquanto gente de bem.
E porque acontecem coisas, dentro e fora de nós, será ainda um espaço de divulgação, divagação, indignação...(qualquer coisa) que fará o caminho enquanto for caminhando, ao sabor do momento (que é um tempo muito acertado).

Bem-vindos então (ao que há-de ser).
T.C.