(...)técnica dramática que funciona como interlúdio num enredo, introduzindo um momento de grotesco durante o desfile sério das máscaras tradicionais. O desempenho da antimáscara está, no século XVII, associado a questões de estratificação social: os actores mascarados pertencem geralmente à nobreza e a aristocracia, são amadores, que participam no espectáculo teatral por razões lúdicas; os actores com antimáscaras pertencem às classes sociais mais desfavorecidas(...)
Cartão de Visita do Facebook
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
não sei
que palavras podem confortar a mãe que perde o filho?
eu, com uma tão vasta experiência de mortes, não sei;
eu, que dizem ter o dom da palavra, não sei.
hoje, não sei.
nem sei se algum dia saberei.
e fico em silêncio
e olho-te em silêncio.
E abraço-te.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
“l’homme et son double” -Etienne Guillé
Penso que um Ser humano consciente das riquezas potenciais que esconde, não se deve contentar em sofrer os constrangimentos do seu ambiente, invocando um hipotético destino para justificar, à posteriori, os seus erros e os seus imbróglios afectivos, sociais, ou outros. Para mim, ele deve ir ao combate do Conhecimento com um C grande, como um Cavaleiro da Távola Redonda parte na busca do Graal. Ele aprenderá no decurso de cada etapa de que arma(s) pode dispor para progredir, quais as suas vantagens e quais as suas fraquezas. E descobrirá a sua verdadeira Natureza: o seu Eu profundo que é um tipo de Si individual, vibrando em uníssono com o concerto cosmo-telúrico, um diamante bruto escondido que é preciso extrair, libertar do seu peso, para tomar consciência e captar os raios luminosos emitidos de todas as suas facetas. E essa extracção, essa passagem ao cadinho, deve ser repetida infinitamente, até que a Obra esteja perfeita, até à última etapa do nosso Caminho de Conhecimento específico.
(excerto retirado de “l’homme et son double” -Etienne Guillé; pp 55; tradução: teresa cuco)
segunda-feira, 21 de junho de 2010
não me morrerás
Não me morrerás
nem os silêncios se instalarão como espadas
nem me conformarei a um qualquer determinismo
Não te matarei
enquanto o espelho me devolver no meu o teu rosto
e o sangue me correr nas veias
como o rio que ainda é nosso.
O nosso rio.
Não nos abandonarei
enquanto tiver nos braços o abraço
e no coração a intricada renda
do nosso amor.
(Teresa Cuco -inédito)
terça-feira, 20 de abril de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Zé Melo



Morreu o Zé Melo. E num instante, todas as imagens me afloraram à mente;
aquela noite em que fomos à FIL, porque o "Cantes do meu Cante", actuava;
o enorme sorriso quando chegámos; aquela música do seu album "Debruçada na Planura"que não estava no repertório, mas que foi cantada especialmente para nós; porque fomos de propósito de Évora, porque a noite estava fria, porque a nossa presença trouxe uma outra motivação aos músicos; depois, a conversa... lembro-me que cantarolou baixinho uma música que havia de trabalhar melhor com o João, porque quando se juntavam os dois, saía coisa boa! E sempre aquele enorme sorriso... e o apuradíssimo sentido de humor.
Hoje, foi um dia triste... muito triste.
Hoje, perdemos um amigo.
Ficam-nos os poemas e as músicas e as memórias.
E fica-nos a certeza de que a tua passagem por aqui, fez deste mundo um sítio melhor.
Descansa em paz.
antimáscara
Carlos Ceia, s.v. "antimáscara", E-Dicionário de Termos Literários, coord. de Carlos Ceia, ISBN: 989-20-0088-9
Posto isto, Antimáscara assume-se como um convite a dissertações, poemas, textos e demais dizeres que acharmos por bem, enquanto gente de bem.
E porque acontecem coisas, dentro e fora de nós, será ainda um espaço de divulgação, divagação, indignação...(qualquer coisa) que fará o caminho enquanto for caminhando, ao sabor do momento (que é um tempo muito acertado).
Bem-vindos então (ao que há-de ser).
T.C.