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domingo, 13 de dezembro de 2009

mergulha no teu abismo

Mergulha no teu abismo
aguça o lado negro
e terás garantido
um passaporte para o sossego
Esquece as verdades que te disse
tudo é surreal, vago e omisso
e tudo se resume
a um bem essencial:
saber transformar em certo
aquilo que está mal
jogos
jogadas
cartas
segredos
uso
abuso
dos medos
cuida do aspecto
tira a carta da manga
importante é a aparência
mesmo que estejas de tanga
força os limites da decência
diz e desdiz
muda de partido
se não te achas servido
tira outra carta da manga
importante é a aparência
mesmo que estejas de tanga
e fica sempre bem
se quiseres tu consegues
afirmar alto e bom som
que os valores que persegues
afinal estão noutro tom
é uma questão de “coerência”
assumir com todo o rigor
que apesar de muita dor
impõe-to a consciência!
usa palavras da moda
esvazia-as de conteúdo
e acima de tudo,
sorri...para a câmara
mostra-te confiante
afinal pouco importa
se tropeças…mais adiante
depois logo se vê
mais uma carta da manga
um golpe de mestria
e despertas a simpatia
mesmo que estejas de tanga
manipula
usa e abusa
veste e
investe no jogo
da sedução
e assim com algum treino
e muita televisão
subirás e incharás
terás o mundo na mão
e facilmente, acredita,
passará a ser banal
dizer pedofilia
como quem diz
“que belo dia!”
dizer corrupção
como quem diz
“a moda p’ra este verão...”
por isso,
Mergulha no teu abismo
aguça o lado negro
e terás garantido
um passaporte para o sossego.
(T. C.)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

In Memoriam A.H.H.

(...)

L

Be near me when my light is low,
When the blood creeps, and the nerves prick
And tingle; and the heart is sick,
And all the wheels of Being slow.

Be near me when the sensuous frame
Is rack'd with pangs that conquer trust;
And Time, a maniac scattering dust,
And Life, a Fury slinging flame.

Be near me when my faith is dry,
And men the flies of latter spring,
That lay their eggs, and sting and sing
And weave their petty cells and die.

Be near me when I fade away,
To point the term of human strife,
And on the low dark verge of life
The twilight of eternal day.

Lord Alfred Tennyson

fonte:http://www.readprint.com/work-1405/In-Memoriam-A-H-H-Lord-Alfred-Tennyson

antimáscara

Termo popularizado a partir do teatro de Ben Jonson (por exemplo, em Mercury Vindicated from the Alchemists at Court, 1616 — v. WWW), para uma técnica dramática que funciona como interlúdio num enredo, introduzindo um momento de grotesco durante o desfile sério das máscaras tradicionais. Quando precedia a representação da máscara, designava-se antemáscara. O desempenho da antimáscara está, no século XVII, associado a questões de estratificação social: os actores mascarados pertencem geralmente à nobreza e a aristocracia, são amadores, que participam no espectáculo teatral por razões lúdicas; os actores com antimáscaras pertencem às classes sociais mais desfavorecidas e são geralmente profissionais. O facto de a antimáscara ter uma função burlesca em relação à máscara convencional permite a comparação com as estratégias de simulação das sátiras gregas antigas. (http://www.levity.com/alchemy/jonson1.html)
Carlos Ceia, s.v. "antimáscara", E-Dicionário de Termos Literários, coord. de Carlos Ceia, ISBN: 989-20-0088-9

Posto isto, Antimáscara assume-se como um convite a dissertações, poemas, textos e demais dizeres que acharmos por bem, enquanto gente de bem.
E porque acontecem coisas, dentro e fora de nós, será ainda um espaço de divulgação, divagação, indignação...(qualquer coisa) que fará o caminho enquanto for caminhando, ao sabor do momento (que é um tempo muito acertado).

Bem-vindos então (ao que há-de ser).
T.C.