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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Estive lá. No Intensidez Bibliocafé.
Na verdade, já lá havia estado. Primeiro, pela voz da Ana e do Davide, numa longa viagem até Trás-os-Montes, em 2007, rumo aos " Dias da Criação", na Casa da Eira Longa, em Vilar-Boticas; depois, quando me mostraram um espaço cheio de pó e restos de cimento, onde viria a ser o Bibliocafé.
Entretanto, ocorrências de vidas e de mortes fizeram-se tempos de recolhimento; até que
uma noite a Ana ligou; um amigo estava a fazer um trabalho sobre poesia ... "será que podes vir tomar um café para conversarem um bocadinho?" E pronto. Foi assim. A Ana e o Davide são assim. Porque o mais importante são as pessoas. Porque o que interessa é estabelecer pontes entre as pessoas. Era impossível não ir, apesar do frio, apesar deste meu vício da casa, em que o jantar se prolonga conversas adentro e quando olhamos para o relógio, já é meia-noite. Apesar de uma espécie de fobia social que às vezes toma conta de nós, devido a artificialidades e pseudo-intelectualismos.
E valeu a pena. O Bibliocafé é um espaço cheio de livros, onde tudo convida a cumplicidades. O amigo, aquele de quem a Ana falava quando me telefonou, falou de poemas e músicas e mil-e-um projectos; depois, um outro amigo trouxe a sua água e sentou-se à mesa, falando-nos da Sr.ª D.Maria José Rijo e da sua poesia; o Davide, sempre atento, rapidamente foi a uma prateleira e trouxe a revista "Terra Mãe"(1), onde constava uma entrevista com esta Senhora.E continuámos viajando e saboreando o café que ali, tem um sabor muito especial.
Bem-hajam, Ana e Davide:)
Saibamos nós fazer jus a este espaço e a estas pessoas que tiveram a coragem de acreditar, instalando-se no Alentejo, investindo na cultura e oferecendo uma alternativa que, de facto, vale a pena.
Pela minha parte, saí com a certeza de que havia de voltar.
T.C.

Intensidez-Bibliocafé: http://www.intensidez.com/
Srª D: Maria José Rijo: http://paula-travelho.blogs.sapo.pt/175662.html
















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antimáscara

Termo popularizado a partir do teatro de Ben Jonson (por exemplo, em Mercury Vindicated from the Alchemists at Court, 1616 — v. WWW), para uma técnica dramática que funciona como interlúdio num enredo, introduzindo um momento de grotesco durante o desfile sério das máscaras tradicionais. Quando precedia a representação da máscara, designava-se antemáscara. O desempenho da antimáscara está, no século XVII, associado a questões de estratificação social: os actores mascarados pertencem geralmente à nobreza e a aristocracia, são amadores, que participam no espectáculo teatral por razões lúdicas; os actores com antimáscaras pertencem às classes sociais mais desfavorecidas e são geralmente profissionais. O facto de a antimáscara ter uma função burlesca em relação à máscara convencional permite a comparação com as estratégias de simulação das sátiras gregas antigas. (http://www.levity.com/alchemy/jonson1.html)
Carlos Ceia, s.v. "antimáscara", E-Dicionário de Termos Literários, coord. de Carlos Ceia, ISBN: 989-20-0088-9

Posto isto, Antimáscara assume-se como um convite a dissertações, poemas, textos e demais dizeres que acharmos por bem, enquanto gente de bem.
E porque acontecem coisas, dentro e fora de nós, será ainda um espaço de divulgação, divagação, indignação...(qualquer coisa) que fará o caminho enquanto for caminhando, ao sabor do momento (que é um tempo muito acertado).

Bem-vindos então (ao que há-de ser).
T.C.